| MERI GERLIN ( BRASIL - ESPÍRITO SANTO )    Doutora  em Ciencias da Informação, Dinter UnB/UFES (atual), mestre em educação pela  Universidade Federal do Espírito Santo (2006)  e graduada em  biblioteconomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1998). Professora  assistente do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do  Espírito Santo. Como docente desenvolveu atividades de ensino, pesquisa e  extensão atuando diretamente nas áreas de informação, educação e cultura.  Coordenou as ações do Projeto de Extensão Infor-Ação e Cultura e atuou como  pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação e Trabalho de  Arquivistas e Bibliotecários, certificado pelo CNPq, na linha de pesquisa  Sociedade, Informação e Cultura(s). Doutora  do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPCInf) da Universidade  de Brasília (UnB), atuou no Grupo de Pesquisa Competência em Informação  certificado pelo CNPq.    POETAS E ESCRITORES  BRASILEIROS. Antologia. Clério José Borges (Org.)   Vitória, Espírito  Santo.  Editora Canela Verde, ACLAPTCTC,  2020.  290 p. ilus. ISBN 978-65-991059-9-0-6     No. 10 898
 Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
 
 
 1. AMOR
 
 Tênue é a dor
 Sutil é o amor
 Dois sentimentos
 Correlacionados
 
 Robusta é a dor
 Potente é o amor
 Múltiplos sentidos
 Inter-relacionados
 
 Amar a si mesmo
 Empatia com o próximo
 Amor, dor e afastamento
 Precisam ser opostos?
 
 Viver de amor
 Mais do que de dor
 Eventualmente ou não
 Da vida faz parte
   2. CHAVES 
 Para meu filho José Henrique
 
 Da figura do  Minotauro o menino se encontra distante,
 Perdido entre labirintos, livros e estantes.
 Com seres mitológicos (re)cria cenas de mistérios,
 No lugar do novelo usa chaves para abrir cadeados e atravessar
 pontes.
 
 Entra na sala com espelhos e encontra a sua imagem,
 Magicamente transformada em Henrique o Grande.
 
 No lugar da Ariadne ouve a sua mãe narrar,
 E no herói Teseu o seu pai se transformar.
 
 Muito longe do final da história,
 Os livros lhe fazem companhia.
 
 Descansa sob as palavras e as imagens,
 Do Minotauro, dos mistérios e da magia.
     3. ELA Seguindo em  frente revejo na mente a imagem de Santa Isabel,Mulher de luta e forte conduta se mostrando fiel.
 
 Seu rosto de fato carrega a força vinda de Deus,
 Coragem e bondade deixam rastros marcando o chão.
 
 Na roça comprida sua mocidade passou...
 
 Ao longo da vida esquecida sofrida tanto um quanto cruel,
 Traça seu futuro e vê seu destino sempre soube seu papel.
 
 Vendo a justa imagem como se a vida fosse um grande carrossel,
 Refletindo nele amizade, bondade, coragem e a doçura do mel.
 
 Na cidade essa prece não se escutou...
 
 
 
 5. LUVA
 
 A mão delicada entra  na luva e no percurso camufla vaidade e
 ambição.
 Ademais esconde a mais pura cobiça e ao se despira da luva expõe
 a nua mão.
 Ostenta os dedos e o torço da mão, desnuda o destino de quem
 ama ou não.
 Desconsidera pequenos sinais que acalentam a dama e sua mão.
 Turvo o seu futuro e quem sabe  incerto, entretanto perfeito para a
 limitada visão.
 
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 Página publicada em outubro de 2025
 
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